Ecogastronomia: alimentação saudável, natural e gostosa

A ecogastronomia, uma onda ecológica e sustentável vem ganhando força e conquistando espaço à mesa dos brasileiros. Prova disso é o crescimento de 98% da procura por alimentos naturais e orgânicos no Brasil entre 2009 e 2014, segundo pesquisa da consultoria Euromonitor. Neste cenário, o conceito se fixa como um estilo de vida sustentável, baseado em uma alimentação saudável, natural e gostosa.


Jasmine 

O que é ecogastronomia?

Segundo a gastrônoma Ana Luísa Salles, a ecogastronomia engloba ao menos quatro princípios fundamentais. “O conceito da ecogastronomia é, praticamente, uma filosofia de vida que defende alguns pilares básicos, como a preservação da biodiversidade, o respeito ao alimento e ao agricultor, o uso consciente dos recursos naturais e a escolha de ingredientes de qualidade”, explica.

Ecogastronomia

• Preservação da biodiversidade: a ideia é que a ecogastronomia seja cada vez mais conhecida e aplicada à diversificação de produtos, ampliando o leque da oferta de alimentos produzidos e consumidos. Alguns exemplos são a couve-flor roxa, a couve portuguesa, a couve chinesa, entre outros.

• Respeito ao alimento e ao agricultor: estimular o consumidor a fazer a escolha de alimentos de qualidade, produzidos com responsabilidade e consciência ambiental. Respeito ao produtor e às famílias que hoje ainda têm como atividade principal a agricultura familiar e agroecológica.

• Uso consciente dos recursos naturais: na ecogastronomia trabalha-se a ideia de não desperdiçar água, manejar a terra de forma a mantê-la produtiva, realizar a adubação verde e o uso de defensivos naturais.

• Escolha de ingredientes de qualidade: dar prioridade a produtos com a procedência conhecida, com pouco processamento, além de respeitar a sazonalidade dos ingredientes e priorizar a valorização do produto local.

Atitudes sustentáveis também pautam a ecogastronomia

“Existem algumas atitudes importantes que podemos e devemos seguir em nossa rotina, como optar por ingredientes orgânicos, de pequenos produtores ou ainda provenientes da agricultura familiar. Também dar prioridade a comidas feitas em casa e deixar de lado os alimentos processados, procurando aproveitar ao máximo os ingredientes para evitar o desperdício. Ou seja, utilizar folhas, talos, raízes e cascas”, finaliza a gastrônoma Ana Luísa.

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